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Uma outra área importante é a de dados. Nesta área, atuam os analistas de dados e o que conhecemos por BI (Business Intelligence, que na tradução livre significa Inteligência de Negócios). São profissionais que avaliam os resultados das ações no ambiente digital, elaboram relatórios a partir dos dados extraídos das ferramentas de monitoramento. É, em geral, nesta área que são coletadas informações sobre as novas tendências de comportamento, de consumo e possibilidade de crises. Veja na imagem a seguir como seria o organograma de uma agência de Marketing Digital. Até aqui, podemos ter uma noção do perfil destas quatro agências de comunicação e suas áreas de atuação. Agora podemos avançar um pouco mais sobre as transformações no mercado profissional. Vamos pensar em um publicitário recém-formado que acaba de ser contratado para trabalhar em uma agência de publicidade e propaganda. O que será que ele vai encontrar neste ambiente? E que competências ele precisa ter para desempenhar sua atividade profissional? Bem, se ele for atuar na área de mídia, possivelmente terá que entender de performance, ter capacidade de compreender os dados de mercado e de público para propor um plano de mídia eficiente. Além disso, deverá ser capaz de manipular as ferramentas de otimização de campanhas digitais, por exemplo o Google Adwords (para campanhas de links patrocinados e rede display, ou banners), pois estas ferramentas são responsáveis não só pelo contato com os veículos, mas também pelos resultados gerados pelos anúncios digitais. Se for atuar na área de criação, precisa saber que o consumidor mudou e que campanhas tradicionais talvez não sejam mais tão atraentes. Assim, terá que pensar em criações baseadas, por exemplo, em narrativas mais humanizadas, estratégias de storytelling (contação de histórias), gamificação (usando elementos de jogos), ou mesmo criações que permitam que o usuário faça interações com a peça publicitária. Caso o objetivo desse profissional seja atuar no atendimento e planejamento, ele deve ter a capacidade de negociação, entender e traduzir o que o cliente quer, ter boa comunicação e estar bem relacionado. Além disso, deve ser uma pessoa organizada e saber gerenciar tanto os prazos quanto os possíveis conflitos. A área de jornalismo também mudou muito nos últimos anos por conta da internet. O jornalista tem uma enorme diversidade de atuação, podendo trabalhar tanto nos meios de comunicação tradicionais como a TV, rádio e os próprios jornais, como também em portais on-line de notícias, mídias sociais, epartamento de comunicação corporativa e assessoria de imprensa. Os jornais tradicionais foram os mais impactados pela digitalização da informação e tiveram que reduzir seus custos, mantendo uma operação mais enxuta com equipes menores. Desse modo, conquistar uma vaga em um grande jornal pode ser um desafio. Contudo, um caminho que tem se mostrado promissor ao jornalista é começar em pequenas empresas ou agências, ir construindo seu “nome no mercado”, e então ir aprimorando sua rede de relacionamento profissional. O ambiente digital é um campo vasto para a atuação profissional do jornalista. Desse modo, assim como os publicitários, o jornalista precisa compreender a linguagem desse ambiente, para produzir um conteúdo relevante que obtenha um bom engajamento com o público. Para apresentar alguns dados da área de atuação do jornalista: Com base em cálculos de sindicatos e entidades ligadas ao jornalismo, estima-se que cerca de 60% dos jornalistas brasileiros atuam na comunicação organizacional e de personalidades, particularmente em assessoria de imprensa. As mulheres predominam com 59%. Dos profissionais que trabalham nas agências, 73% são formados em jornalismo, 20% em relações públicas e 7% têm outras formações, conforme pesquisa que realizamos entre 365 agências, em 2010. Já nos departamentos de comunicação das grandes empresas, 29% têm formação em jornalismo, 20% em administração, 17% em marketing, 13% em publicidade, 12% em relações públicas e 9% em outras profissões. Estes dados são de uma pesquisa da Databerje (2008) (SCHMITZ, 2010, p. 16). Há ainda os jornalistas independentes, que são aqueles que se apropriam de uma ideia ou tema e criam um projeto baseado nisso. Podem ainda prestar serviços para vários portais, jornais ou assessorias, sem vínculo empregatício, mas como um profissional prestador de serviço. Para que você conheça alguns desses casos, eu lhe convido a acessar o site www.jornalistaslivres.org, e também o portal www.apublica.org, que tem por objetivo mapear iniciativas independentes a partir da apresentação de um projeto. Agora, tomando como base as áreas e os perfis que discutimos até aqui – os publicitários, jornalistas, assessores de imprensa e profissionais de mídias sociais digitais –, quais seriam as principais características do mercado da comunicação no Brasil? Se avaliarmos o mercado das agências de comunicação presentes no Brasil, encontraremos alguns cenários: Descrição da Imagem: a imagem apresenta um círculo dividido em quatro partes sendo: na metade superior esquerda em amarelo, há a indicação da palavra Pioneiras. Esse quadrante é acompanhado de uma caixa lateral externa com o texto: “Trata-se de um grupo de empresas coligadas dentro de um grupo: Publicidade, Digital, RP, Editorial”. Na metade superior direita em azul, há a indicação da palavra Multinacionais. Esse quadrante é acompanhado de uma caixa lateral externa com o texto: “As agências pertencem a um grupo internacional (holding) como o WPP que comanda as agências: Wunderman Thompson, Ogilvy, VMLY&R. Na metade inferior esquerda, em vermelho, há a indicação da palavra Segmentadas. Esse quadrante é acompanhado de uma caixa lateral externa com o texto: Oferecem serviços sobre determinado assunto: Esportes, moda, gastronomia, mercado de capitais etc. E por fim, na metade inferior direita em verde há a indicação da palavra Especialistas. Esse quadrante é acompanhado de uma caixa lateral externa com o texto: Oferecem um único serviço por razões estratégicas. Endomarketing / Marketing Digital / Eventos / Gestão de Crises. A imagem nos mostra um mapeamento dos segmentos das agências existentes – claro que dentro de uma variedade ainda muito grande de outros segmentos, como Relações Públicas, agências especializadas em campanhas eleitorais ou em clientes do primeiro setor, como os governos e estatais. Outro ponto importante a ser abordado em relação às agências de comunicação, especialmente as de publicidade, é a questão das fusões entre agências. Desde o início de janeiro de 2021, duas grandes agências anunciaram que se tornaram uma só. Estamos falando da VML e a Y&R (Young & Rubicam) que passaram a se chamar VMLY&R. Até aqui falamos do mercado da comunicação do ponto de vista das agências. Vamos agora olhar um pouco a partir do prisma dos consumidores, que são os principais influenciadores das mudanças na área. Tais mudanças são impulsionadas pela forma como os usuários consomem as informações, e então as empresas acabam sendo obrigadas a se adaptar a esses comportamentos de consumo, pois entenderam que a sociedade tem cobrado cada vez mais as empresas por novas experiências. Um estudo sobre o consumo de vídeos on-line, realizado em 2020 e publicado em 2021, pelo instituto de pesquisa Kantar Ibope Media, revela que “o consumo de vídeos nunca mais será o mesmo”. A afirmação está fundamentada em uma multiplicidade de dados coletados na pesquisa. Um deles é referente ao tipo de vídeo consumido pelos brasileiros, conforme mostra o gráfico abaixo: Descrição da Imagem: : a imagem apresenta um gráfico em formato de pizza com três partes sendo a primeira em vermelho com 62% escrito em branco referente à porcentagem de brasileiros que consomem vídeos em serviços por assinatura. A segunda parte indicada na cor azul tem o número de 80% referente à porcentagem de brasileiros que consomem vídeos on-line gratuitos e a terceira e última parte da pizza é indicada na cor verde com o número de 72% referente à porcentagem de brasileiros que consomem vídeos em redes sociais. Ainda no mesmo estudo, outro dado relevante é que, com a pandemia de COVID-19 do ano de 2020, os usuários tiveram a oportunidade de experimentar mais e encontrar nas tecnologias a possibilidade de solução para várias situações. Uma delas é que 52% dos usuários informaram que com a pandemia (e o aumento do tempo on-line) tiveram a oportunidade de aprender algo, e 62% deles afirmaram que a pandemia ajudou a se adaptarem melhor com as tecnologias. Os serviços de streaming também foram ampliados nos últimos tempos. Atualmente os usuários possuem uma variedade de opções de serviços de vídeos por assinatura, cada uma com sua estratégia diferente, oferecendo conteúdos diversificados. Veja como essas mudanças de comportamento de consumo de informação impulsionaram as transformações no mercado da comunicação. Isso sem contar o consumo de música, que também está inserido neste mercado. Com base no que vimos até aqui sobre a presença dos algoritmos na comunicação, sabemos que as plataformas digitais de relacionamento como o Instagram, Facebook e TikTok possuem algoritmos que determinam o alcance e o público para quem irão mostrar as publicações. Já no jornalismo, os algoritmos atuam nos portais, blogs e outros meios de comunicação a partir da mesma lógica.