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Todo esse mecanismo faz girar a lógica do capitalismo, o aumento da riqueza e o controle, dado que essa produção não estimula o pensamento crítico sobre os fatores sociais. Vamos explorar um pouco mais a lógica do consumo? Já ouviu falar no termo obsolescência programada? Bem, este termo consiste na ideia de que a indústria insere seus produtos no mercado com um tempo de vida ou de uso predeterminado, e quase sempre curto. Isso ocorre por duas razões: uma delas é abrir espaço para a entrada de novos modelos e a outra é tornar o produto obsoleto a partir de um determinado tempo para fazer com que os consumidores sejam obrigados a comprar modelos mais atuais. Nesta lógica da obsolescência, há ainda uma outra categoria: a obsolescência perceptiva, que diz respeito à percepção dos consumidores sobre um produto estar ultrapassado em comparação ao design de novos produtos. Essa dinâmica mercadológica de consumo também é aplicada para vários outros setores da economia: veículos, computadores pessoais, televisores, geladeiras, fogões, máquinas de lavar e mais uma infinidade de produtos. Você já pensou se estivesse utilizando, nos dias de hoje, um aparelho de celular que não tenha tecnologia para suportar o aplicativo do WhatsApp? Observe que na imagem apresentada temos o conhecido exemplo da evolução dos modelos de aparelho de celular. À medida que novos modelos são lançados, o novo design transmite a ideia de inovação como a retirada do botão iniciar ou ainda o tamanho, peso e espessura do aparelho. Essa ideia está vinculada tambémom o que falamos sobre a obsolescência percebida. O consumo na contemporaneidade está muito ligado ao conceito de obsolescência programada que falamos anteriormente. Essa questão é delicada pelo seu objetivo de incentivo ao consumo, aumento da produção de produtos e a sustentabilidade do planeta. A obsolescência programada está na contramão do que conhecemos de consumo consciente, ou seja, aquele consumo sustentável que é feito sempre baseado nos impactos que ele causa no meio ambiente. cultura. Empresas provedoras de serviços de streaming aumentaram o número de assinaturas e, portanto, de faturamento. A lucratividade gerada pela indústria cultural gerada pelas tecnologias é evidenciada pelo surgimento de várias outras empresas que decidiram investir neste setor, como: a Amazon com o serviço Amazon Prime Video; a empresa Disney com o serviço Disney Plus; e a Rede Globo de televisão com o Globo Play, apenas para citar algumas. Isso corrobora com o objetivo de transformar a cultura em mercadoria, muito pautado na indústria cultural. Além do cinema e da televisão, as produções do jornalismo, do rádio e da publicidade também foram afetadas tanto pela lógica da indústria cultural quanto pelas tecnologias. Tomando como base o rnalismo, o conceito de padronização é demonstrado na estética das páginas de jornais on-line, nas editorias (Política, Entretenimento, Esportes, Mundo etc.) e na própria construção textual das notícias. Observe que, quando algo acontece, vários jornais noticiam aquele mesmo acontecimento de tal modo a torná-lo atraente para as audiências. A notícia vira produto de consumo. O conceito de banalização da violência não é atribuído somente ao cinema. Também é muito presente nas produções jornalísticas, dado que as notícias que informam sobre mortes, acidentes ou catástrofes, por sua característica sensacionalista, chocam a população gerando mais audiência e, portanto, mais lucro. Vamos resgatar o exercício que você desenvolveu em seu experimento? Bem, se conectarmos os conceitos apresentados aos resultados que encontrou em sua pesquisa, é possível compreender a concretização da transformação da cultura em mercadoria para fins de lucratividade. No caso da saga Indiana Jones, houve uma considerável produção de produtos culturais que geraram lucro aos produtores da franquia, a começar pelo faturamento das bilheterias de cada um dos filmes e seguindo para a venda de brinquedos, roupas e demais acessórios vinculados ao filme. Fim do primeiro Capitulo.