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Desde o século XIX que antropólogos e etnógrafos, como Leite de Vasconcelos, Armando de Matos ou Teófilo Braga, registam esta relação com o Santo António. "Ele é o advogado dos casamentos das raparigas, e quando se não digna protegê-las, metem-no num poço ou partem-no em pedaços", escreve Teófilo Braga em 1905 sobre o que acontece em Lisboa. "Vê-se o mesmo costume no Algarve: as raparigas, quando querem casar, enforcam Santo António, deitam- -no ao poço de cabeça para baixo, depois tiram-lhe o menino, e não o tiram daí sem que ele tenha feito o milagre." Não perde nada em tentar pôr o santo virado de costas para a sala, que é coisa que não mazela. Talvez seja melhor do que atirar o santo três vezes ao chão, como também relata Leite de Vasconcelos - "é que se o santo cumpre o castigo, vai ser colar os cacos todos."